Bolsa de Suínos
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Mercado chinês está na mira de granjas de genética suína



Companhias do setor investiram quase R$ 400 milhões em duas novas granjas no Paraná e em Santa Catarina

Com negócios em expansão após investimentos de quase R$ 400 milhões em duas novas granjas no Paraná e em Santa Catarina, as empresas de genética suína miram a abertura da China e a ampliação dos negócios com países do Sudeste Asiático, da América Latina e com a Rússia para consolidar o Brasil como fonte alternativa e confiável num mercado dominado por Estados Unidos e Canadá.

O principal investimento foi feito pela Agroceres PIC, com aporte de R$ 332 milhões na Granja Gênesis, em Paranavaí (PR). Maior núcleo genético da América Latina e um dos mais modernos do mundo, essa é a primeira unidade para produção de reprodutores de elite no Brasil.

Com 22 galpões e capacidade para alojar 3,6 mil fêmeas, o empreendimento foi povoado com animais importados de Ohio, nos EUA, por voo charter de Boeing 747, e vai começar a produzir para o mercado interno e para exportar aos países da América do Sul no fim deste mês.

O outro investimento, que superou R$ 40 milhões, foi para instalação do Inovare Núcleo Genético, da Topigs Norsvin, em Lages (SC). A unidade deve receber os suínos no meio do ano e iniciar a produção de reprodutores em 2025.

Juntas, as granjas de núcleo genético têm capacidade para alojar 4,6 mil fêmeas de elite e potencial de produção de mais de 15 mil avós e bisavós por ano, além de seis mil machos reprodutores, todos de alto nível genético. Nas unidades são criados e desenvolvidos os animais usados para o melhoramento genético de rebanhos focados em itens como conversão alimentar, qualidade da carne, produção de cortes nobres e fecundidade.

Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs) e o Ministério da Agricultura já iniciaram tratativas com Pequim para viabilizar o comércio. Dona do maior plantel do mundo e em meio a um processo de intensificação e tecnificação da sua suinocultura, a China pode alavancar a produção do setor nacional.

“O potencial de exportação para lá é gigantesco, de pelo menos quatro mil avós e mil reprodutores comerciais por ano”, disse Alexandre Rosa, presidente da Abegs e diretor-executivo da Agroceres PIC. Atualmente, a Argentina, principal importador da genética suína brasileira, compra cerca de um terço disso. O Brasil também exporta para Bolívia e Paraguai e vai iniciar negócios com Chile e Colômbia, mercados abertos recentemente.

“A China é o filão que todo mundo está buscando, pois é um país que busca diversificação de fontes. Estamos nos apresentando como alternativa”, pontuou Rosa. Os chineses têm granjas de melhoramento genético, mas ainda importam dos Estados Unidos e Canadá. O fluxo negocial, no entanto, é abalado seguidamente por questões políticas e de embates comerciais, principalmente com Washington.

 

Na Rússia, onde o mercado é aberto, o que atrapalha é a guerra com a Ucrânia, que ainda impede a chegada de voos com os suínos reprodutores. Devido à sensibilidade dos animais, a exportação para longas distâncias ocorre via aérea. Para países vizinhos, o transporte é terrestre.

 

“Em razão das crises e dos conflitos geográficos cada vez mais recorrentes, os países têm buscado alternativas para importação de material genético. O Brasil não tem problemas assim”, disse Rosa.

As empresas de genética suína instaladas no Brasil produzem cerca de 250 mil matrizes, 30 mil avós e bisavós e 5 mil reprodutores comerciais por ano. A referência familiar traz o histórico da linhagem de cruzamento dos animais selecionados para o melhoramento genético. Uma bisavó, por exemplo, influencia a produção de seis mil suínos de abate. Já um bisavô macho pode gerar até 400 mil suínos de abate.

O diferencial sanitário brasileiro, cujo território é livre de doenças de grande impacto econômico e de notificação oficial presentes no Hemisfério Norte, tem transformado o país em uma plataforma de exportação para as multinacionais que dominam o setor, assim como ocorreu no segmento avícola.

A Agroeceres PIC lidera o segmento de genética suína no país, com 50% de participação no mercado. As exportações, para Argentina, Paraguai e Uruguai, já respondem por 15% do faturamento. A Granja Gênesis tem como foco atender o mercado sul-americano, já que a empresa é habilitada para vender reprodutores e matrizes para Chile, Bolívia e Colômbia e mantém tratativas para a abertura de Equador e Peru.

“Se começarmos a exportar para a China, vai haver incentivo para as empresas ampliarem os plantéis. Nossa aposta é na América Latina, Rússia e sudeste asiático. Quem importa carne suína do Brasil poderá também importar genética”, afirmou. Rosa ressaltou que os novos investimentos no setor também podem garantir a autossuficiência interna para a genética suíno, o que dá mais segurança ao setor.

A atualização genética dos rebanhos, por meio de inseminação artificial de fêmeas ou machos reprodutores, representa 2,5% do custo de produção de suínos no país. Uma fêmea gera, em média, outros 60 animais na vida útil. Um macho reprodutor alcança até 9 mil novos suínos na sua linhagem. De acordo com o presidente da Abegs, a atividade impacta diretamente cerca de R$ 36 bilhões por ano da produção da suinocultura nacional.

Em 2023, o Brasil exportou 82 toneladas de suínos usados para melhoramento genético de rebanhos, com faturamento de US$ 827 mil. O país não exporta sêmen congelado. Ao mesmo tempo, o país importou 407,7 toneladas, em negócios que geraram US$ 5,5 milhões.

 


13/03/2024 - Por Rafael Walendorff — Globo Rural

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